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Sala de Aula Invertida

Prof. Luiz Mercanti

Como proposta metodológica, a Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom) teve origem nos Estados Unidos da América, em 2006. Seus criadores, Jonathan Bergmann e Aaron Sams, lecionavam química em uma escola rural e perceberam que vários alunos perdiam muito tempo com o deslocamento para a escola. Havia ainda outros estudantes que integravam equipes esportivas e, portanto, viam-se obrigados a permanecer por longos períodos afastados da sala de aula. Tais fatos, comprometiam muito a participação nas aulas, e consequentemente dificultava o acompanhamento do conteúdo.

 

A solução encontrada por Bergmann e Sams foi gravar as aulas em vídeo e disponibilizá-las aos estudantes, que retornariam aos professores apenas com as dúvidas e reflexões. Dessa maneira, foi possível ao professores dispor de mais tempo para atividades práticas nos laboratórios ou para a resolução dos problemas, trazidos pelos estudantes.

 

A clássica definição de Sala de Aula Invertida diz respeito à inversão das atividades realizadas pelos alunos, isto é, o que seria feito em sala de aula é realizado em casa ou em qualquer outro ambiente escolhido pelo estudante e, a tarefa de casa é realizada em sala de aula (BERGMANN & SAMS, 2017). A aula em sala começa pela breve discussão sobre o conteúdo disponibilizado, estudado previamente. Após esse primeiro momento, os alunos são convidados a executar as tarefas do dia. Isso inclui exercícios, atividades práticas em laboratório, atividades de pesquisa, solução de problemas e, até mesmo, a realização de testes diagnósticos.

 

Muda o papel do professor, que deixa de ser o transmissor do conhecimento para assumir o posto de mediador, um tutor que será consultado apenas quando o estudante precisar de ajuda ou quando for preciso um aprofundamento das discussões. Fica nítido o protagonismo do aluno, que assume o compromisso de acessar o conteúdo previamente, estudá-lo e trazer para as aulas suas dúvidas e reflexões.

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