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Método 300

Prof. Sayron Reis

     

O método 300, desenvolvido pelo professor Ricardo Fragelli – UNB- foi motivado pelo baixo índice de aprovação na disciplina de cálculo, comum aos cursos de Engenharia. O autor percebeu que a forma de avaliação pelo modelo tradicional não estava sendo suficiente para averiguar o real aprendizado de seus alunos, além de contribuir para um aumento de ansiedade no momento da avaliação.

 

Baseando-se no filme 300, no qual um grupo de soldados era capaz de vencer um exército muito maior, Fragelli adaptou-o para o contexto da sala de aula. De acordo com o filme, o sucesso do pequeno batalhão se dava, pois, seus soldados não se autodefendiam, mas sim o soldado que estava ao lado, tornando esse exército mais resistente ao ataque inimigo. Esse trabalho em equipe demonstrado pelo filme fez com que a realidade da sala de aula, sobretudo nas avaliações, ocorresse de modo colaborativo entre os alunos.

 

De acordo com esse método, um aluno que não obtivesse a pontuação mínima exigida pelo professor, denominado de aluno ajudado, teria a chance de refazer a avaliação. No entanto, o auxílio que tal estudante teria direito, não caberia ao professor mas sim por algum de seus colegas que obtiveram notas superiores a dele, também chamado de aluno ajudante. A turma, dividida em equipes, promove encontros colaborativos, nos quais os alunos com notas superiores auxiliam seus colegas com notas baixas.

 

Fica a cargo do professor o envio de uma lista de exercícios para fomentar a discussão das equipes, cujo conteúdo deve ser o mesmo da prova. Após a realização dos encontros, os alunos que permaneceram com nota abaixo da média, possuem uma nova chance de realizar a prova, chamada de prova 300, elaborada pelo professor, ao passo que os alunos ajudantes não poderão fazê-la.

 

Aos alunos ajudados, fica considerada a nota maior obtida entre a primeira prova e a prova 300. Aos alunos ajudantes, em função da avaliação promovida pelos ajudados e pela melhora obtida na nota por estes, poderão ter sua nota melhorada. Sendo assim, o recurso empregado possibilita, por meio de aprendizagem ativa, um ganho educacional grande, pois além de possibilitar uma interação protagonista dos alunos ajudantes e ajudados, podem realizar a promoção de melhoras de notas para ambos os grupos e, sobretudo, no aprendizado de todos.

 

 

Referência:

AL ANSIEDAD, DE LOS EXÁMENES. Trezentos: aprendizagem ativa e colaborativa como uma alternativa ao problema da ansiedade em provas. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, v. 6, n. Supl 2, p. 860-72, 2015.

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